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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mas todos nós somos como o imundo

Mas todos nós somos como o imundo.” (Is 64:6)

O CRENTE é uma nova criatura, ele pertence a uma santa geração e a um povo peculiar. O Espírito de Deus habita nele e, sob todos os pontos de vista, ele está muito afastado do homem natural; mas, apesar de tudo isso, ainda o Cristão é um pecador pela imperfeição da sua natureza, e assim continua sendo um pecador, e continuará sendo-o até ao fim da sua vida terrestre. Os negros dedos do pecado deixam manchas nos nossos mantos mais limpos.

O pecado arruína o nosso arrependimento, antes que o grande Oleiro lhe dê os últimos retoques, na roda. O egoísmo profana as nossas lágrimas e a incredulidade falsifica a nossa fé. As melhores coisas que alguma vez temos feito à parte dos méritos de Jesus, somente conseguiram aumentar o número de nossos pecados; porquanto, quando diante dos nossos olhos havemos sido muito puros, não o fomos diante dos olhos de Deus, para quem “nem os céus são puros.” E como Ele “nos Seus anjos encontra loucura”, muito mais a encontrará em nós, até nos nossos períodos de maior consagração.

O canto que comove os Céus e procura emular os seráficos acordes, contém nele dissonâncias humanas. A oração que move o braço de Deus é, habitualmente, uma oração magoada e exaurida, e somente ela move esse braço porque o Único sem pecados, o grande Mediador, interveio para tirar o pecado da nossa súplica. A fé mais valiosa ou o grau mais puro de santificação que um Cristão tenha alguma vez alcançado neste mundo têm ainda tanta mistura nelas que, se as considerarmos em si mesmas, só são dignas das chamas. Cada noite em que nos olhamos no espelho, vemos só um pecador que tem a necessidade de fazer esta confissão: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia.”

Oh, quão precioso é o sangue de Cristo para corações como os nossos! Que dom impagável é a perfeita justiça! E quão viva é a esperança de uma perfeita santidade na vida futura! Até agora, se bem que o pecado está em nós, o seu poder está destruído. Já não tem domínio. É uma serpente de costas quebradas. Estamos em rude conflito com ele; porém, é com um inimigo vencido que nós temos de combater. Ainda, um curto espaço de tempo, e nós entraremos vitoriosamente na cidade onde nada se conspurca.


Fonte: www.spurgeon.org Evening's Meditation—C. H. Spurgeon
Leituras Vespertinas Tradução de Carlos António da Rocha
http://no-caminhodejesus.blogspot.com/


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